O setor de energia solar espera um crescimento acelerado este ano no Brasil, especialmente nos sistemas de geração própria solar, em decorrência do aumento nas tarifas de energia elétrica e da entrada em vigor da Lei n° 14.300/2022, que criou o marco legal da geração própria de energia, conhecida como geração distribuída. Com isso, este mercado espera um aquecimento muito forte para o segundo semestre deste ano e também para 2023, porque a regra vale para acordos firmados até o fim do ano.
Além do período de transição previsto na lei, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um sistema solar no telhado até janeiro de 2023, os constantes aumentos no valor da conta de energia elétrica dos brasileiros são indicadores primordiais para o investimento em novas fontes de energia ainda neste ano.
De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nos últimos dez anos, a tarifa residencial aumentou 82%. O custo do megawatt-hora passou de R$ 340,90, em 2011, para R$ 622,20, em 2021.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte solar já trouxe ao país mais de R$ 78,5 bilhões em novos investimentos. Os projetos de grande porte, exclusivamente, exigiram desembolsos de mais de R$ 26 bilhões desde 2012. Já a mini e a microgeração fotovoltaicas consumiram até agora R$ 52,4 bilhões. Dessa forma, o setor já gerou mais de 450 mil empregos, desde 2012, e evitou a emissão de 20,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
O avanço da energia solar no país, via grandes indústrias e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil.
Dentre os principais benefícios da implantação da energia solar, está a geração de uma energia limpa e renovável, que não emite gases poluentes que contaminam o meio ambiente, como ocorre com a geração termelétrica. Outra vantagem é financeira, a energia solar é a fonte de energia mais barata do mundo, e traz um ganho econômico significativo, podendo chegar a economizar até 95% do custo de energia das unidades consumidoras, com um retorno que vai variar entre 4 e 6 anos, num sistema que tem vida útil mínima de 30 anos.